sábado, 1 de setembro de 2007

Tudo muda...

Quando a noite cai tudo muda, as pessoas ficam mais elétricas, parece que a energia dos letreiros luminosos alimenta os corpos que passam a brilhar no escuro também. O ritmo do coração aumenta, assim como o ritmo da balada fica mais marcado, as luzes das boates piscam hipnotizando todos deixando os aereos, todos meio zumbis, todos se movimentando como um organismo vivo. Mas isso não é tudo, a loucura que toma conta que é o mais interessante, advogados, médicos, professores, jardineiros, todos com as suas vidinhas, se transformam, quando cai a noite, o luar parece enfeitiçar como faz com os animais, parecem querer dançar, beber e caçar, seja comida ou parceiros até o fim, a noite trás o mundo animal para selva de pedra, onde os animais não reinam mais, a emoção da caça retorna com uma ferozidade, de que já não se vê mais. A noite é intensa, é um banquete de emoções, as tribus, os grupos, todos reunidos, vivendo mais uma noite como se fosse a ultima e a unica.

A lua que ilumina embora nunca queira ir, precisa partir, pois o sol não demora a brilhar, então os animais humanos tem que dar por encerrada mais uma noite, mais uma aventura, chega a hora de dormir para se porder viver de novo, na próxima lua.

Podem dizer o que não somos animais, talvez seres racionais, mas, continuamos tão animais como a mil anos atrás.

Para Laiz.

Um comentário:

Anônimo disse...

É um texto muito interessante, alías uma forma excelente de abordar as emoções "vividas" pelos baladeiros. Gostei muito!
Será que quando eu estiver no Rio eu vou seguir essa LINHA? hhahahahha
Excelente insight! Adorei.
Um beijo,
La